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Perdi o momento certo para engravidar?

Quando um casal está junto há algum tempo é comum que venha o desejo de ter filhos. Claro que isso não é uma regra, mas é o mais frequente. No entanto, o que temos percebido nos últimos anos, especialmente nas classes média e alta, é uma preocupação com a qualidade de vida que o casal e o (a) futuro (a) filho (a) terão. Por isso muitas mulheres estão escolhendo ter filhos mais tarde, quando já estão com a carreira profissional estabilizada e a vida mais organizada.

Mas infelizmente nem sempre nossa vida segue nossos planos com a facilidade que tínhamos imaginado. Algumas vezes quando decidimos que é a hora certa nos deparamos com alguns problemas que não contávamos, como por exemplo a dificuldade de engravidar.

Vivenciar uma situação como essa pode fazer com que surja uma série de questionamentos que inevitavelmente geram muita ansiedade e angústia. O principal é: “e se eu não puder ser mãe?”, mas vem seguido de outros com poder tão devastador quanto o primeiro: “esperei demais e agora não será mais possível?”, “tenho uma falha que me impede de ser mãe?”

Além de todas essas dúvidas que nós mesmas nos impomos ainda é preciso lidar com a pressão externa. A sociedade em geral espera que todo casal tenha filhos. E se já é difícil responder a isso quando simplesmente não há o desejo de ter filhos, é mais ainda quando existe o desejo. Surgem os sentimentos ambíguos a cada nova amiga ou conhecida que engravida. Ao mesmo tempo que ficamos felizes por ela pensamos “se ela consegue por que eu não consigo? ”, e logo vem o sentimento de culpa por desejarmos estar no lugar do outro. Muitas mulheres nessa situação chegam a colocar em questão sua feminilidade e seu papel social como mulher.

Para ajudar a lidar com todos esses sentimentos é fundamental lembrarmos do nosso desejo, do que nos motiva a concretizá-lo e no sentido desse desejo para nossa vida. Isso porque, não é raro perseguirmos um sonho que muitas vezes se transforma em outras coisas e não nos damos conta, continuamos correndo atrás de algo que já não nos cabe, simplesmente porque acreditamos que só existe aquele caminho para a nossa vida. Esquecemos que somos nós mesmos que criamos nossos caminhos e que eles podem sim ser modificados quando deixam de ser satisfatórios. Não há nenhum problema em mudar de ideia, em mudar de caminho no meio.

Se depois dessa análise percebemos que o nosso desejo permanece impregnado de sentido, podemos pensar em novos caminhos: conversar com um profissional para entender se há um problema orgânico dificultando que a gravidez ocorra, se há tratamento e quais são as outras formas possíveis de realizar esse sonho.

No entanto essa análise só é possível se estamos relativamente bem emocionalmente, se conseguimos descolar nossas vontades e os nossos projetos das ideias que o mundo em geral nos traz como sendo normais. Quando conseguimos isso nos apropriamos do nosso futuro e o criamos como realmente desejamos, mais livres das amarras sociais, ainda que totalmente livre seja impossível.

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